Pegada de Carbono

O poderoso inimigo da Terra

Enquanto produtores de vinho, as alterações climáticas são uma séria ameaça ao nosso futuro. Apesar da dimensão deste desafio estar para além da ação individual de uma única empresa, sentimos que temos a responsabilidade de agir de forma determinada dentro da nossa área de atividade, rumo a uma transição energética mais verde e a uma redução significativa das emissões de gases com efeito de estufa.

˜30% Das nossas emissões totais
são provenientes das garrafas

Seguindo o que está definido no Greenhouse Gases Protocol — publicado pelo World Business Council for Sustainable Development e pelo World Resources Institute — realizamos, em 2018, a primeira contabilização integral de emissões ao longo da nossa cadeia de valor, para os anos 2015, 2016 e 2017. 

Depois de um trabalho exaustivo de análise de cada processo, o qual envolveu equipas multidisciplinares, foi possível conhecer com detalhe o contributo de cada atividade na caracterização do nosso perfil carbónico, através da contabilização de emissões diretas de fontes controladas pela empresa (âmbito 1), de emissões indiretas da aquisição de energia (âmbito 2) e, de emissões indiretas relacionadas com a cadeia de valor (âmbito 3).

Este processo culminou com a criação de uma ferramenta que integra, de forma automática, mais de 85% dos dados primários, essenciais ao cálculo. Desta forma, a cada ano, medimos a nossa pegada de carbono, a qual é verificada por terceira parte, conforme a norma internacional ISO 14064 Greenhouse Gases - Part 1. 

A ferramenta de cálculo é um instrumento muito útil no processo de avaliação do impacto carbónico de novos produtos e fornecedores, bem como na incorporação de soluções que procuram responder a novos riscos e oportunidades. 

A meta de redução da pegada de carbono constitui um dos nossos objetivos gerais, a par de objetivos financeiros e de segurança no trabalho, com impacto no sistema de incentivos promovido pela empresa. 

Neste momento, a expansão a diferentes áreas de negócio, como a restauração, resulta na necessidade de definirmos novos indicadores de desempenho carbónico, próprios das atividades de enoturismo. Estas novas métricas vão contribuir para um alinhamento na gestão operacional, possibilitando a comparação com os pares e o estabelecimento de objetivos representativos do setor.

O abrangente conhecimento que hoje temos sobre este assunto é determinante na construção e execução da nossa estratégia de descarbonização.

Total emissões GEE*

(*) método baseado na localização

Principais fontes de emissões

Âmbito 01 (3%)

38% Frota
24% Maquinaria agrícola
17% Caldeiras
13% Fertilizantes

Âmbito 02 (2%)

51% Eletricidade renovável adquirida e produzida internamente (zero emissões)
49% Eletricidade adquirida de fontes não renováveis

Âmbito 03 (95%)

40% Embalagem
13% Compra de vinho
13% Compra de uvas
12% Compra de aguardente
6% Transporte de produto acabado para o cliente
6% Fim de vida da embalagem