Biodiversidade Explorar a Sabedoria da Natureza
Prospera nos grandes afloramentos graníticos da Quinta do Vesúvio, no seu lado poente.
Um ecossistema, pela sua riqueza biodiversa, é um fornecedor natural de serviços cruciais à vida na Terra, decisivos na produção de alimentos, na regulação do clima, na proteção contra doenças, nos ciclos de nutrientes, na produção de oxigénio, entre os mais importantes.
As nossas quintas são mosaicos onde convivem diferentes ecossistemas que queremos proteger e potenciar, por meio de uma intervenção responsável e pela aplicação de medidas capazes de incrementar valor ecológico. As áreas naturais das nossas propriedades estendem-se por 804 hectares, representando cerca de 32% do total da área e são cobertas por floresta mediterrânea, matos incultos, arbustivas autóctones e ripícolas. Um dos nossos objetivos no âmbito da biodiversidade é a implementação de um plano de gestão da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas em cada uma das propriedades. Para a sua concretização, é essencial avaliar o estado atual de preservação da paisagem, inventariar as espécies de fauna e flora selvagem e aferir a qualidade dos habitats.
Os cerca de 470 hectares que compõem a Quinta do Vesúvio e a Quinta do Vale de Malhadas, situadas junto à margem do rio Douro, constituem a primeira área de estudo, onde estamos a monitorizar espécies de fauna e flora nas zonas naturais e cultivadas. Com o apoio de biólogos especializados, procuramos espécies de mamíferos, aves, insetos e plantas que sejam indicadoras da qualidade ecológica e do estado de conservação dos habitats presentes.
Pretendemos assim construir uma base de conhecimento que incorpore os indicadores-chave na caracterização dos ecossistemas, as práticas existentes, as ações desenvolvidas, bem como novos requisitos que surjam na regulamentação. Para cada propriedade vai ser possível traçar um perfil de biodiversidade evolutivo, sistematizado e comparável, que constitui informação muito útil no apoio à decisão estratégica e ao reporte de sustentabilidade.
Já no Alto Alentejo, a nossa Quinta da Fonte Souto, situada no sopé da Serra de São Mamede, possui uma mancha florestal de 100 hectares que cobre cerca de 48% do total da propriedade. A sua localização, associada a condições geológicas e edafo-climáticas peculiares, contribui decisivamente para a riqueza da fauna, da flora e dos habitats que já conseguimos identificar. Desde 2018 que temos implementado as orientações expressas no plano de gestão florestal desta propriedade.
As medidas, dispersas por um horizonte temporal de 20 anos, são a evidência de uma gestão sustentável que tem em linha de conta critérios ambientais, sociais e económicos do seu contexto.
Compromissos para a Biodiversidade
I. Estabelecer um plano de gestão da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas
II. Quinta da Fonte Souto – complementar o plano de gestão florestal com a introdução dos requisitos essenciais ao reconhecimento desta como uma base natural de remoção de carbono
III. Promover anualmente iniciativas de voluntariado no âmbito da proteção da biodiversidade por via ações de inventariação de espécies (Bioblitz)
Espécies com interesse de conservação ou endémicas encontradas na Quinta do Vesúvio e na Quinta do Vale de Malhadas
Abelha-das-flores-afim
(Anthophora affinis)
Abelha-cuco-de-asas-negras
(Stelis phaeoptera)
Abelha-pedreira-nariguda
(Osmia nasoproducta)
Dedaleira-do-Douro
(Digitalis purpurea ssp amandiana)
Escamónia-de-montepelliert
(Cynanchum acutum)
Polígono-anfíbio
(Polygonum aquaticum)
Chasco-preto
(Oenanthe leucura)
Abutre-do-egipto
(Neophron percnopterus)
Corço
(Capreolus capreolus)
Abelha-das-flores-afim
(Anthophora affinis)
Abelha-cuco-de-asas-negras
(Stelis phaeoptera)
Abelha-pedreira-nariguda
(Osmia nasoproducta)
Dedaleira-do-Douro
(Digitalis purpurea ssp amandiana)
Escamónia-de-montepelliert
(Cynanchum acutum)
Polígono-anfíbio
(Polygonum aquaticum)
Chasco-preto
(Oenanthe leucura)
Abutre-do-egipto
(Neophron percnopterus)
Corço
(Capreolus capreolus)